Pela primeira vez, cientistas conseguiram “teletransportar” um Qutrit – uma partícula quântica.
O feito foi realizado por duas esquipes diferentes e abre uma série de novas possibilidades para o aumento da eficiência da computação quântica e a comunicação, uma vez que com o teletransporte as informações chegam mais rápido e em maior quantidade ao destino.

Existe um modo bem simplista, mas eficiente, de se explicar o que é um qutrit. Um bit é a menor unidade de informação que pode ser armazenada ou transmitida e, em sua configuração clássica, pode ser 0 ou 1 (como na computação clássica). Sua contrapartida quântica é o qubit, que é 0 e 1 ao mesmo tempo (como na computação quântica), pois sobrepõe ambos os estados de informação — um exemplo são os fótons, que podem exibir polarização horizontal ou vertical.
Os qutrits existem no estado 1, 0 e 2, ao mesmo tempo, em um fenômeno conhecido como superposição. Por causa disso, seu poder de processamento e computação é muito maior.
Como os cientistas criaram o Qutrit?
Existe um experimento clássico que passa um fóton por duas fendas, criando um padrão semelhante a ondas. Cada fenda é um estado de 0 e 1, porque o fóton passou por ambas. Portanto, adicione mais uma fenda, que será o estado 2, e seu Qutrit está pronto.
As equipes ainda tiveram que entrelaçar quanticamente dois qutrits e provar que eles estavam de fato entrelaçados– o que é essencial para extrair informações deles com alta fidelidade.
Como funciona o teletransporte?
Não acredite que o teletransporte nesse caso é igual ao dos filmes de ficção científica, mas seu conceito é o mesmo, já que ele transporta instantaneamente dados de um lugar para o outro.
Essa informação quântica pode ser transmitida por meio de fótons de luz , e um uso que poderemos ver no futuro é criar redes de internet inacessíveis, porque os Qutrits são protegidos contra interferência.
A descoberta poderá ser usada para tornar a comunicação mais segura, como explicou a Scientific American.
Em 2017, um grupo de especialistas usou o satélite Micius da China para realizar o maior experimento: transportar informações entre dois fótons — cada um funcionando como um qubit — entre a Áustria e a China. Como reportaram, ao coletar as informações sobre o estado das partículas, os pesquisadores de cada localidade conseguiram construir uma espécie de “senha” usada por eles para conduzir uma videochamada segura.
A técnica, portanto, age como um selo de cera em uma carta: qualquer interceptação iria gerar interferência e deixaria uma marca detectável. Além disso, por ser mais complexamente estruturada, a comunicação teria menos ruídos e seria mais clara.
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Fontes:
- https://engenheironaweb.com/2017/08/08/conheca-o-d-wave-o-computador-quantico-que-vai-revolucionar-o-mundo-como-conhecemos/
- https://interestingengineering.com/qutrit-experiments-show-progress-in-quantum-teleportation
- https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/08/cientistas-conseguem-teletransportar-particula-quantica-pela-primeira-vez.html
- https://www.scientificamerican.com/article/qutrit-experiments-are-a-first-in-quantum-teleportation/
- https://olhardigital.com.br/noticia/cientistas-tem-sucesso-em-teletransporte-quantico-pela-primeira-vez/88974
- https://www.sciencealert.com/quantum-teleportation-has-been-reported-in-a-qutrit-for-the-first-time